A polêmica teve inicio com a reforma da praça, que passa por uma obra de revitalização desde o dia 3 de outubro. A obra está sendo feita através de convênio com o governo federal e é orçada em mais de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais).
domingo, 13 de novembro de 2011
Boate Visual Dance foi demolida
Foi demolida na noite de sábado,12, a boate “Visual Dance”, construída em praça pública, em São Raimundo das Mangabeiras. A demolição aconteceu após muitas discussões quanto a permanência ou não da boate na praça. A administração do município negociou com os usuários do local e ficou acertado que eles, assim como os outros donos de bares da praça, receberão um ponto comercial padronizado.
A polêmica teve inicio com a reforma da praça, que passa por uma obra de revitalização desde o dia 3 de outubro. A obra está sendo feita através de convênio com o governo federal e é orçada em mais de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais).
A polêmica teve inicio com a reforma da praça, que passa por uma obra de revitalização desde o dia 3 de outubro. A obra está sendo feita através de convênio com o governo federal e é orçada em mais de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais).
sábado, 12 de novembro de 2011
Mangabeirense é vítima de tentativa de homicídio ao tentar fugir da delegacia de Balsas
O presidiário Fernando dos Santos Leite foi linchado na madrugada desta sexta-feira,11, pelos “colegas” da cela 05 da 11ª Delegacia de Polícia de Balsas.
Segundo informações do Delegado Regional de Polícia, Dr. Clésio Zottis, 17 detentos que estavam na mesma cela agrediram Fernando a socos, pauladas e tijoladas. O motivo foi uma tentativa de fuga sem sucesso.
Segundo informações do Delegado Regional de Polícia, Dr. Clésio Zottis, 17 detentos que estavam na mesma cela agrediram Fernando a socos, pauladas e tijoladas. O motivo foi uma tentativa de fuga sem sucesso.
O detento agredido foi encaminhado ao Hospital Balsas Urgente e posteriormente foi transferido para Imperatriz – MA com traumatismo craniano.
Segundo o Tenente Coronel Alves, a Polícia Militar foi acionada por volta das 03:00 horas da manhã, quando uma grande movimentação aconteceu nos corredores das celas.
De acordo com o Coronel, a fuga não aconteceu graças a agilidade da Polícia Militar e alguns agentes peniténciários.
Comandante Alves afirma que o cadeado da cela 05 foi aberto por Fernando e os outros presos o agrediram fisicamente.
No dia 19 de agosto, Fernando foi condenado a 26 anos de prisão e fugiu dois dias depois de sua condenação.
Na tarde do dia 04 de novembro o detento foi recapturado em um matagal na cidade de São Raimundo das Mangabeiras, de onde é natural.
Segundo o Tenente Coronel Alves, a Polícia Militar foi acionada por volta das 03:00 horas da manhã, quando uma grande movimentação aconteceu nos corredores das celas.
De acordo com o Coronel, a fuga não aconteceu graças a agilidade da Polícia Militar e alguns agentes peniténciários.
Comandante Alves afirma que o cadeado da cela 05 foi aberto por Fernando e os outros presos o agrediram fisicamente.
No dia 19 de agosto, Fernando foi condenado a 26 anos de prisão e fugiu dois dias depois de sua condenação.
Na tarde do dia 04 de novembro o detento foi recapturado em um matagal na cidade de São Raimundo das Mangabeiras, de onde é natural.
Fernando foi recapturado dia 04 de novembro e tentou fugir novamente nesta sexta feira (11). Se tivesse fugido, seria a terceira fuga da mesma delegacia. |
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Realizada eleição do Conselho Tutelar em São Raimundo das Mangabeiras
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Os eleitos, da esquerda, Genes Maria, Leidijane Miranda, Francismar de Sá, Sergiano Soua e Maria de Jesus. |
A população da cidade de São Raimundo das Mangabeiras foi às urnas neste domingo,06, para eleger os novos conselheiros tutelares da cidade. 7 candidatos (5 mulheres e 2 homens) disputaram 5 vagas. Foram eleitos: Sergiano Sousa Leite, 864 votos; Maria de Jesus Rodrigues, 746 votos; Leidijane C. Miranda, 729 votos; Genes Maria Barbosa, 689 votos e Francismar da Silva Sá, 680 votos. Adaléia Barbosa, 659 votos e Natan Oliveira, 622 votos, ficaram na suplência. A data de posse do conselho ainda não foi definida.
1.330 (mil trezentos e trinta) pessoas votaram, sendo que 1.303 (mil trezentos e três) foram os votos válidos, 17 (dezessete) nulos e 9 (nove) brancos. Cada eleitor poderia votar em até 5 candidatos, com isso foram totalizados 4.989 votos.
Para a presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Cristiane Araujo Morais, a quantidade de votos foi baixa. Ela atribui isso a um descrédito da população em relação ao conselho tutelar. Para ela, será preciso muito trabalho dos novos conselheiros para reverter esse quadro.
“Eu sabia que não seria uma votação expressa [sic] (expressiva), devido a insatisfação da comunidade com relação a atuação do conselho tutelar. Só que eu digo o seguinte: que esses candidatos, sempre eu disse pra eles: vocês vão ter que trabalhar e mostrar que o conselho tutelar não é aquilo que as pessoas estão dizendo. E ai a gente vai trabalhar três anos e depois desses três anos é que nós vamos fazer uma avaliação, se foi bom ou não esse trabalho”disse Cristiane.
O ministério público, na pessoa do promotor Antônio Lisboa, acompanhou a eleição para garantir que tudo fosse feito dentro da lei. “O papel do Ministério Público nesse caso, apenas é fiscalizar e orientar o CMDCA em qualquer duvida que ocorra. O processo ocorreu dentro da normalidade, foram feitas... o seletivo entre os candidatos, houve uma prova, por mim que foi aplicada, sobre conhecimentos sobre o ECA. Foi feita ainda, uma analise psicológica dos candidatos, que geraram somente esses sete candidatos, que culminou com a eleição. Hoje, cinco pessoas são conselheiros tutelares”.
O candidato mais votado na eleição, Sergiano Sousa Leite, ressaltou que a campanha foi difícil, mas que espera fazer, juntamente com os demais conselheiros, um bom trabalho em defesa das crianças e dos adolescentes. “Primeiro lugar agradecer a Deus, que ele é o nosso protetor, ele é o nosso guia, ele está na frente de tudo. Segundo, agradecer os amigos e as amigas e os eleitores que depositaram o voto de confiança em mim. Foi uma campanha cansativa, deu muito trabalho, mas a gente venceu. Como conselheiro eleito espero, juntamente com meus quatro colegas que foram eleitos juntamente comigo, que a gente faça um excelente trabalho de prioridade às crianças e adolescentes da nossa cidade”.
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Os eleitos e suplentes, da esquerda, Genes Maria, Leidijane Miranda, Francismar de Sá, Sergiano Soua e Maria de Jesus e os suplentes Natan Oliveira e Adaléia Barbosa. |
sábado, 5 de novembro de 2011
Recapturado condenado a mais de 26 anos de prisão
Foi recapturado Fernando dos Santos Leite, condenado a mais de 26 anos de prisão no dia 19 de agosto de 2011 por homicídio e furto em São Raimundo das Mangabeiras. Fernando foi encontrado em um matagal próximo a Rua Daniel Combones, Bairro São Francisco, em São Raimundo das Mangabeiras (MA), na tarde desta sexta feira, 04, por volta as 16 horas, em companhia de uma mulher, identificada por Juliana Conceição.
Com os mesmos foram encontrados um Revólver calibre 38, uma Moto Pop preta e outros pertences.
Ele havia fugido da delegacia regional de Balsas dois após receber a sentença. Os dois foram encaminhados no mesmo dia para a delegacia de balsas.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Boate Visual Dance será demolida
A prefeitura de São Raimundo das Mangabeiras
acabou com o impasse envolvendo a permanência ou não, da boate “Visual Dance”, construída na praça do mercado, no centro da cidade. A prefeitura negociou com os usuários do local e ficou acertado que eles receberão, assim como os outros donos de bares da praça, um ponto comercial (bar) padronizado. A informação foi divulgada nesta segunda feira, 31, em sessão ordinária da câmara municipal, pelo vereador Julio da Foto Layser (PRB) e por Rodrigo Coelho, controlador geral do município.
A polêmica teve inicio com a reforma da praça, que passa por uma obra de revitalização desde o dia 3 de outubro. A demolição do prédio pode acontecer ainda esta semana.
A prefeitura havia pedido ao corpo de bombeiros e ao CREA que realizasse vistoria no prédio. O corpo de bombeiros fez vistoria no dia 14 de outubro e constatou que irregularidades verificadas em 2009 não haviam sido sanadas. A boate tinha problemas na saída de emergência, o corrimão da escada não é o ideal, os degraus são desiguais e a instalação elétrica não é adequada.
Os vereadores Felix Resplandes (PC do B) e Emir Alencar (PSD) levantaram a polemica e defenderam que a boate fosse demolida. Para os vereadores, alem da boate está localizada em praça pública ela não apresenta condições que garanta a segurança dos seus frequentadores. Para eles o novo projeto arquitetônico também fica prejudicado se a boate for mantida.
Nesta segunda feira, Felix Resplandes disse que a prefeitura demorou em tomar uma decisão.
“Eu estou indignado com esse atraso, com essa lentidão de tomada de decisão. Eu, se eu fosse prefeito, a Visual Dance não existia mais ali”.
A reforma da praça está sendo feita através de convênio com o governo federal e é orçada em mais de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais).
A polêmica teve inicio com a reforma da praça, que passa por uma obra de revitalização desde o dia 3 de outubro. A demolição do prédio pode acontecer ainda esta semana.
A prefeitura havia pedido ao corpo de bombeiros e ao CREA que realizasse vistoria no prédio. O corpo de bombeiros fez vistoria no dia 14 de outubro e constatou que irregularidades verificadas em 2009 não haviam sido sanadas. A boate tinha problemas na saída de emergência, o corrimão da escada não é o ideal, os degraus são desiguais e a instalação elétrica não é adequada.
Os vereadores Felix Resplandes (PC do B) e Emir Alencar (PSD) levantaram a polemica e defenderam que a boate fosse demolida. Para os vereadores, alem da boate está localizada em praça pública ela não apresenta condições que garanta a segurança dos seus frequentadores. Para eles o novo projeto arquitetônico também fica prejudicado se a boate for mantida.
Nesta segunda feira, Felix Resplandes disse que a prefeitura demorou em tomar uma decisão.
“Eu estou indignado com esse atraso, com essa lentidão de tomada de decisão. Eu, se eu fosse prefeito, a Visual Dance não existia mais ali”.
A reforma da praça está sendo feita através de convênio com o governo federal e é orçada em mais de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais).
domingo, 30 de outubro de 2011
Cáritas Maranhão realiza IV Plenária Estadual da Rede Mandioca em São Raimundo das Mangabeiras
Foi realizada, entre os dias 27 e 29 de outubro, em São Raimundo das Mangabeiras , a IV Plenária da Rede Mandioca, projeto desenvolvido pela Cáritas do Maranhão em mais de 30 municípios, em todas as regiões do estado. Durante os três dias, foram apresentadas e avaliadas as ações do projeto durante o ano. Houve debates sobre os avanços e dificuldades do método trabalhado pela Rede Mandioca, dentre outros assuntos.
O público, vindo de várias cidades que fazem parte da rede, participou da inauguração de uma casa de farinha no Assentamento Bacuri, projeto apoiado pelos fundos solidários - parceria Cáritas e Banco do Nordeste; e fizeram um intercambio para conhecer as técnicas e princípios do sistema agroflorestal, desenvolvido na localidade Descanso.
Para animar e descontrair os dois primeiros dias de trabalho, aconteceu na sexta feira (28), o II Festival Estadual da Rede Mandioca e Noite Cultural das Comunidades, com apresentações de peças teatrais encenadas pelo grupo Faces Mangaba, de São Raimundo das Mangabeiras; a comercialização de produtos da agricultura familiar e o depoimento de Manoel da Conceição, líder camponês, membro/fundador do PT (Partido dos Trabalhadores) Nacional e presidente do CENTRU (Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural) de Imperatriz (MA), que fez um relato da sua história de luta e resistência pela reforma agrária e pela economia solidária.
Também foram apresentados e debatidos na plenária, os impactos do avanço do agronegócio na região do cerrado maranhense, com apresentação do documentário “A soja na terra das chapadas”, com assessoria de Antonio Crioulo da CPT (comissão Pastoral da Terra); A dimensão das políticas públicas na construção de alternativas produtivas sustentáveis contou com a assessoria de Ricarte Almeida, Assessor Regional do programa de políticas públicas e coordenador estadual da Cáritas do Maranhão. A plenária contou também com a assessoria da Rede de Educação Cidadã (RECID), representada pela educadora popular Teresinha Martins Moura. Gilvan Alves, da coordenação estadual da rede Mandioca, debateu com os participantes o aprofundamento da concepção e os objetivos da rede.
“O agronegócio, ele só destrói. Ele destrói a terra, ele destrói as plantas, ele destrói a água, ele destrói os seres humanos. Nós precisamos construir uma alternativa a partir dos movimentos sociais. Nós precisamos está bem articulados, sairmos de um encontro como esse aqui com encaminhamentos precisos, para que o agronegócio seja enfrentado por nós de uma forma sábia e de uma forma muito bem organizada e fortemente articulada. Nós precisamos construir as nossas alternativas, não combater o agronegócio só por combater, mas combater apresentando alternativas que é possível se viver sem a ação do agronegócio. A rede Mandioca é um dos passos, porque a rede mandioca é uma forma de produzir sem está com a influencia do agronegócio. Então nos precisamos investir cada vez mais na agricultura familiar de uma forma sustentável, para que as famílias e a natureza possam viver tranquilamente”, destaca Antonio Crioulo.
84% da farinha de mandioca produzida no Brasil é proveniente da agricultura familiar. Na agricultura empresarial, em média, emprega-se 1 trabalhador para cada 100 hectares cultivados, enquanto que na agricultura familiar a relação é de 10 trabalhadores para cada 100 hectares cultivados. A agricultura familiar é responsável por mais de 70% da alimentação dos brasileiros.
“A mandioca tem tantos produtos, mas historicamente ela foi marginalizada. O próprio estado, os bancos... Todo mundo achava que a cultura da mandioca era uma coisa inviável. No entanto, todo mundo sobrevive produzindo farinha, comendo farinha... E no maranhão, não se tinha assistência técnica, não se tinha crédito. O trabalho da Cáritas foi começar a despertar na cabeça dos agricultores de mandioca, que estão presentes em todas as regiões do estado, que eles tem uma riqueza nas mãos, uma riqueza que pode gerar sobrevivência, pode melhorar o padrão alimentar, pode desencadear, inclusive, outros setores da agricultura familiar. O nosso desafio é mostrar para o governo que ele pode garantir políticas publicas de apoio a cultura da mandioca, a agricultura familiar, que essas agriculturas da pequena roça, da roça do toco, do pequeno trabalhador é algo viável e afirma direitos e afirma identidades”destacou Ricarte Almeida.
“Esse evento foi um dos mais importantes que já houve nesse estado de alguns anos pra cá. Por que nos estamos analisando as forças reacionárias [do capital], como é que estão pensando, como é que estão fazendo conosco [ trabalhadores do campo e da cidade].E nós também, agora, chegamos a uma conclusão que nos precisamos está juntos, unidos contra eles, então pra mim isso é fundamental, essa luta nossa, de todos nós, contra essas forças reacionárias”, disse Manoel da Conceição. Para ele, é importante que os trabalhadores passem a assumir cada vez mais o poder político e que todos os movimentos sociais devem está juntos nessa busca.
Assistência Técnica
Os técnicos da rede Mandioca, “Zé Filho”, Rose Rodrigues e José Sousa, apresentaram as ações desenvolvidas em cada região onde atuam. Eles são unânimes em dizer que o trabalho da rede é sobrecarregado devido a falta de apoio, aos trabalhadores, pelos poderes públicos e que os técnicos tem que atender muitas localidades, muitas delas distantes umas das outras.
Para Rose Rodrigues, técnica agropecuária na região do Baixo Parnaíba e Cocais, um dos maiores desafios em trabalhar na rede Mandioca é manter a assistência técnica constante.
“Somos três [técnicos da Rede Mandioca] a nível de Maranhão... Infelizmente a gente não consegue está presente muito tempo só numa comunidade, então a gente tem que está fazendo esse rodízio”.
Para José Sousa, técnico agropecuário que presta assistência na região da Baixada e do Vale do Pindaré, o poder publico não incentiva o desenvolvimento da agricultura.
“O poder público se ausenta de todas as formas para não discutir, para que a agricultura não desenvolva”.
José Filho, técnico em gestão agroflorestal , presidente da Cáritas na diocese de Balsas e que atua nas regiões Sul, Central e Mearim, fala que a questão da distancia entre os municípios e a quantidade de comunidades atendidas pelos técnicos são alguns dos maiores desafios para a rede Mandioca.
“Nós temos grandes dificuldades na questão desse trabalho, nós trabalhamos com os mesmos temas, os mesmos princípios, só que as vezes a gente não consegue alcançar de tal forma como deve ser, devido a quantidade de municípios e comunidade que agente acompanha. Os três [ técnicos] não atende essa demanda por igual, por causa das distancias dos municípios, das comunidade também”. José filho cita também a falta de apoio dos poderes públicos, estadual e municipais, para com a agricultura, principalmente a assistência técnica, o que aumenta a demanda das instituições sociais.
“A assistência técnica que você encontra nessas comunidades é alguma instituição que está garantindo, mas não é o governo municipal e também nem governo estadual. As instituições sociais como é a Cáritas e outras que trabalham com essa questão, estão dando esse apoio a esses agricultores”, disse.
Jorge da Silva, um dos beneficiários da rede Mandioca, na comunidade Nova Unha de Gato no município de Lago da Pedra, conta como a Cáritas se relaciona com o dia-a-dia da comunidade, não apenas com rede Mandioca, mais também com outras ações, como a ajuda para a reconstrução de casas da comunidade, destruídas por uma enchente.
“Nós conseguimos mudar, através da Cáritas. Nós fizemos 109 casas através de grupo e ai eu acho que seja um desenvolvimento da parte da Cáritas. Nós temos um pequeno negócio de galinha, caipirão,nós temos um projeto de roça para mandioca. Nós temos 12 ‘tarefas’ de mandioca e nós estamos preparando outras para tornar plantar esse ano, tudo nessa iniciativa da Rede Mandioca” conta. A comunidade desenvolve também um trabalho para preservar as sementes “crioulas”, aquelas que são nativas da região.
A Rede Mandioca
A Rede Mandioca surgiu em 2004, inspirada em outras experiências bem sucedidas de articulação em rede, pautadas nos princípios da economia popular solidária. Sua área de atuação é o estado do Maranhão, embora vez por outra, dialogue com experiências em outros estados. A Cáritas Brasileira Regional Maranhão assume a assessoria técnica à articulação.Foi na entidade, aliás, durante um encontro de planejamento, que surgiu a ideia de articular em rede, produtores, não só de mandioca: a Rede Mandioca congrega também artesãos, criadores de pequenos animais, extrativistas e agricultores, entre outros.
A Cáritas
A Cáritas Brasileira é uma entidade de promoção e atuação social que trabalha na defesa dos direitos humanos, da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável solidário. Sua atuação é junto aos excluídos e excluídas em defesa da vida e na participação da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural.
Fundada no Brasil em 12 de novembro de 1956, a Cáritas Brasileira faz parte da Rede Cáritas Internationalis, presente em 165 países e territórios. Reconhecida como entidade de utilidade pública federal, ela também é um organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Atualmente a Cáritas Brasileira conta com 176 entidades-membro espalhadas por todo país e atua em 12 regionais: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Norte II (Amapá e Pará), Maranhão, Piauí, Ceará, Nordeste II (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte) e Nordeste III (Bahia e Sergipe).
O público, vindo de várias cidades que fazem parte da rede, participou da inauguração de uma casa de farinha no Assentamento Bacuri, projeto apoiado pelos fundos solidários - parceria Cáritas e Banco do Nordeste; e fizeram um intercambio para conhecer as técnicas e princípios do sistema agroflorestal, desenvolvido na localidade Descanso.
Para animar e descontrair os dois primeiros dias de trabalho, aconteceu na sexta feira (28), o II Festival Estadual da Rede Mandioca e Noite Cultural das Comunidades, com apresentações de peças teatrais encenadas pelo grupo Faces Mangaba, de São Raimundo das Mangabeiras; a comercialização de produtos da agricultura familiar e o depoimento de Manoel da Conceição, líder camponês, membro/fundador do PT (Partido dos Trabalhadores) Nacional e presidente do CENTRU (Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural) de Imperatriz (MA), que fez um relato da sua história de luta e resistência pela reforma agrária e pela economia solidária.
Também foram apresentados e debatidos na plenária, os impactos do avanço do agronegócio na região do cerrado maranhense, com apresentação do documentário “A soja na terra das chapadas”, com assessoria de Antonio Crioulo da CPT (comissão Pastoral da Terra); A dimensão das políticas públicas na construção de alternativas produtivas sustentáveis contou com a assessoria de Ricarte Almeida, Assessor Regional do programa de políticas públicas e coordenador estadual da Cáritas do Maranhão. A plenária contou também com a assessoria da Rede de Educação Cidadã (RECID), representada pela educadora popular Teresinha Martins Moura. Gilvan Alves, da coordenação estadual da rede Mandioca, debateu com os participantes o aprofundamento da concepção e os objetivos da rede.
“O agronegócio, ele só destrói. Ele destrói a terra, ele destrói as plantas, ele destrói a água, ele destrói os seres humanos. Nós precisamos construir uma alternativa a partir dos movimentos sociais. Nós precisamos está bem articulados, sairmos de um encontro como esse aqui com encaminhamentos precisos, para que o agronegócio seja enfrentado por nós de uma forma sábia e de uma forma muito bem organizada e fortemente articulada. Nós precisamos construir as nossas alternativas, não combater o agronegócio só por combater, mas combater apresentando alternativas que é possível se viver sem a ação do agronegócio. A rede Mandioca é um dos passos, porque a rede mandioca é uma forma de produzir sem está com a influencia do agronegócio. Então nos precisamos investir cada vez mais na agricultura familiar de uma forma sustentável, para que as famílias e a natureza possam viver tranquilamente”, destaca Antonio Crioulo.
84% da farinha de mandioca produzida no Brasil é proveniente da agricultura familiar. Na agricultura empresarial, em média, emprega-se 1 trabalhador para cada 100 hectares cultivados, enquanto que na agricultura familiar a relação é de 10 trabalhadores para cada 100 hectares cultivados. A agricultura familiar é responsável por mais de 70% da alimentação dos brasileiros.
“A mandioca tem tantos produtos, mas historicamente ela foi marginalizada. O próprio estado, os bancos... Todo mundo achava que a cultura da mandioca era uma coisa inviável. No entanto, todo mundo sobrevive produzindo farinha, comendo farinha... E no maranhão, não se tinha assistência técnica, não se tinha crédito. O trabalho da Cáritas foi começar a despertar na cabeça dos agricultores de mandioca, que estão presentes em todas as regiões do estado, que eles tem uma riqueza nas mãos, uma riqueza que pode gerar sobrevivência, pode melhorar o padrão alimentar, pode desencadear, inclusive, outros setores da agricultura familiar. O nosso desafio é mostrar para o governo que ele pode garantir políticas publicas de apoio a cultura da mandioca, a agricultura familiar, que essas agriculturas da pequena roça, da roça do toco, do pequeno trabalhador é algo viável e afirma direitos e afirma identidades”destacou Ricarte Almeida.
“Esse evento foi um dos mais importantes que já houve nesse estado de alguns anos pra cá. Por que nos estamos analisando as forças reacionárias [do capital], como é que estão pensando, como é que estão fazendo conosco [ trabalhadores do campo e da cidade].E nós também, agora, chegamos a uma conclusão que nos precisamos está juntos, unidos contra eles, então pra mim isso é fundamental, essa luta nossa, de todos nós, contra essas forças reacionárias”, disse Manoel da Conceição. Para ele, é importante que os trabalhadores passem a assumir cada vez mais o poder político e que todos os movimentos sociais devem está juntos nessa busca.
Assistência Técnica
Os técnicos da rede Mandioca, “Zé Filho”, Rose Rodrigues e José Sousa, apresentaram as ações desenvolvidas em cada região onde atuam. Eles são unânimes em dizer que o trabalho da rede é sobrecarregado devido a falta de apoio, aos trabalhadores, pelos poderes públicos e que os técnicos tem que atender muitas localidades, muitas delas distantes umas das outras.
Para Rose Rodrigues, técnica agropecuária na região do Baixo Parnaíba e Cocais, um dos maiores desafios em trabalhar na rede Mandioca é manter a assistência técnica constante.
“Somos três [técnicos da Rede Mandioca] a nível de Maranhão... Infelizmente a gente não consegue está presente muito tempo só numa comunidade, então a gente tem que está fazendo esse rodízio”.
Para José Sousa, técnico agropecuário que presta assistência na região da Baixada e do Vale do Pindaré, o poder publico não incentiva o desenvolvimento da agricultura.
“O poder público se ausenta de todas as formas para não discutir, para que a agricultura não desenvolva”.
José Filho, técnico em gestão agroflorestal , presidente da Cáritas na diocese de Balsas e que atua nas regiões Sul, Central e Mearim, fala que a questão da distancia entre os municípios e a quantidade de comunidades atendidas pelos técnicos são alguns dos maiores desafios para a rede Mandioca.
“Nós temos grandes dificuldades na questão desse trabalho, nós trabalhamos com os mesmos temas, os mesmos princípios, só que as vezes a gente não consegue alcançar de tal forma como deve ser, devido a quantidade de municípios e comunidade que agente acompanha. Os três [ técnicos] não atende essa demanda por igual, por causa das distancias dos municípios, das comunidade também”. José filho cita também a falta de apoio dos poderes públicos, estadual e municipais, para com a agricultura, principalmente a assistência técnica, o que aumenta a demanda das instituições sociais.
“A assistência técnica que você encontra nessas comunidades é alguma instituição que está garantindo, mas não é o governo municipal e também nem governo estadual. As instituições sociais como é a Cáritas e outras que trabalham com essa questão, estão dando esse apoio a esses agricultores”, disse.
Jorge da Silva, um dos beneficiários da rede Mandioca, na comunidade Nova Unha de Gato no município de Lago da Pedra, conta como a Cáritas se relaciona com o dia-a-dia da comunidade, não apenas com rede Mandioca, mais também com outras ações, como a ajuda para a reconstrução de casas da comunidade, destruídas por uma enchente.
“Nós conseguimos mudar, através da Cáritas. Nós fizemos 109 casas através de grupo e ai eu acho que seja um desenvolvimento da parte da Cáritas. Nós temos um pequeno negócio de galinha, caipirão,nós temos um projeto de roça para mandioca. Nós temos 12 ‘tarefas’ de mandioca e nós estamos preparando outras para tornar plantar esse ano, tudo nessa iniciativa da Rede Mandioca” conta. A comunidade desenvolve também um trabalho para preservar as sementes “crioulas”, aquelas que são nativas da região.
A Rede Mandioca
A Rede Mandioca surgiu em 2004, inspirada em outras experiências bem sucedidas de articulação em rede, pautadas nos princípios da economia popular solidária. Sua área de atuação é o estado do Maranhão, embora vez por outra, dialogue com experiências em outros estados. A Cáritas Brasileira Regional Maranhão assume a assessoria técnica à articulação.Foi na entidade, aliás, durante um encontro de planejamento, que surgiu a ideia de articular em rede, produtores, não só de mandioca: a Rede Mandioca congrega também artesãos, criadores de pequenos animais, extrativistas e agricultores, entre outros.
A Cáritas
A Cáritas Brasileira é uma entidade de promoção e atuação social que trabalha na defesa dos direitos humanos, da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável solidário. Sua atuação é junto aos excluídos e excluídas em defesa da vida e na participação da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural.
Fundada no Brasil em 12 de novembro de 1956, a Cáritas Brasileira faz parte da Rede Cáritas Internationalis, presente em 165 países e territórios. Reconhecida como entidade de utilidade pública federal, ela também é um organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Atualmente a Cáritas Brasileira conta com 176 entidades-membro espalhadas por todo país e atua em 12 regionais: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Norte II (Amapá e Pará), Maranhão, Piauí, Ceará, Nordeste II (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte) e Nordeste III (Bahia e Sergipe).
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