sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Cultivo de feijão-caupi e milho biofortificados são temas de dia de campo em São Raimundo das Mangabeiras


A Embrapa Cocais, a Secretaria Municipal de Agricultura Familiar de São Raimundo das Mangabeiras, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão do município e parceiros promovem, no próximo dia 23 de outubro, das 8h às 12h, dia de campo sobre o cultivo de feijão-caupi BRS Aracê e milho biofortificado BRS 4104. O evento será no campus do IFMA e vai apresentar atividades de transferência de tecnologia realizadas com os cultivos biofortificados no Maranhão. 

Evento será no Campus do IFMA.
Palestras - Voltado para técnicos, alunos e agricultores familiares e ainda instituições locais e regionais, o dia de campo terá as seguintes palestras: “Feijão-caupi e o milho BRS 4104”, a ser ministrada pelos professores Jean Magalhães da Silva e Clemerson Rodrigues Nunes, do IFMA; “Emprego seguro dos defensivos químicos”, por representante da Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – STTR; “Projeto BioFORT visando segurança alimentar e nutricional para o estado do Maranhão”, pela superintendente de articulação política da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar – SAF, Adelana Santos; “Panorama geral das ações de transferência de tecnologia para o estado do Maranhão”, pelo técnico da Embrapa Cocais José Soares Beserra Júnior; e “Importância do Ensino, Pesquisa e Extensão”, pelo professor do IFMA Jânio Fernandes e Silva.

Maranhão colhe os frutos do BioFORT - A Rede BioFORT é o conjunto de projetos responsáveis pela biofortificação de alimentos no Brasil. No Maranhão, os cultivos biofortificados foram implantados desde 2006, inicialmente pela Embrapa Meio-Norte. Atualmente, a atuação da Embrapa Cocais abrange duas frentes: as ações advindas do Acordo de Cooperação Técnica entre a Embrapa e o Governo do Estado do Maranhão, assinado em abril de 2017, para transferência de tecnologia em cultivos biofortificados, visando à segurança alimentar e nutricional, especialmente para as comunidades e regiões mais carentes; e do projeto de transferência de tecnologia e de comunicação empresarial aprovado no âmbito do Macroprograma 4 da Embrapa, que engloba 38 Escolas Casas Familiares Rurais - CFRs, oito projetos sobre os sistemas agrícolas consorciados e 15 sobre Sistemas Integrados Alternativos para Produção de Alimentos, conhecido como "Sisteminha Embrapa”.

O que é a biofortificação - A essência do programa de biofortificação é enriquecer alimentos que já fazem parte da dieta da população mais carente, como arroz, feijão-caupi, mandioca (macaxeiras), batata-doce, milho, abóbora e trigo, a partir do aumento dos teores de ferro, zinco e vitamina A, introduzindo alimentos mais nutritivos na dieta dessas pessoas. No País, já foram lançadas e recomendadas 12 cultivares de mandioca, milho, batata-doce, feijão-caupi e comum com altos teores de ferro, zinco e beta caroteno. O objetivo é diminuir a desnutrição e garantir maior segurança alimentar, além de combater fortemente a chamada “fome oculta”, que é a carência específica de micronutrientes. Para isso, busca também a promoção do aumento da produção e do consumo de alimentos biofortificados nas diversas regiões do Brasil, por intermédio do fortalecimento de uma rede para a transferência de tecnologias com abrangência nacional.

Rede BioFORT – A Embrapa coordena os trabalhos no Brasil, com 15 unidades de pesquisa. No País, o programa BioFORT, congrega mais de 150 pessoas em diferentes áreas do conhecimento e em 14 Estados brasileiros. Essa rede interage com universidades, centros de pesquisa nacionais e internacionais, associações de produtores, governo, prefeituras e organizações não-governamentais. A Rede foi iniciada pelo projeto HarvestPlus, financiado pela fundação Bill & Melinda Gates e pelo Banco Mundial, entre outros.

Para saber mais sobre os cultivos biofortificados, acesse https://biofort.com.br/.


Fonte: Embrapa