domingo, 2 de agosto de 2015

Cooperativa de São Raimundo das Mangabeiras e indígenas do Tocantins compartilharão conhecimentos


O CTI (Centro de Trabalho Indigenista) com apoio do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) realizará, em um prazo de 18 meses, o Projeto de “Transferência de Conhecimentos do Desenvolvimento da Cadeia das Frutas Nativas do Cerrado”, que terá como público beneficiário a COOPEVIDA (Cooperativa Agroecológica Pela Vida de São Raimundo das Mangabeiras-MA) e duas Comunidades Indígenas, Aldeia Prata e Aldeia São José, da etnia Apinajé (dos povos Timbira), do Tocantins.

Na quinta-feira, 30 de julho, representantes do CTI, da COOPEVIDA, de Comunidades Indígenas dos Povos Timbira do Tocantins e do Maranhão, dos STTR’s de Loreto e São Raimundo das Mangabeiras, da Coordenação do Colegiado Territorial Cerrado Sul Maranhense, da Regional Sul da FETAEMA, da Secretaria Municipal de Agricultura de São Raimundo das Mangabeiras, da AGERP Cerrado Sul (Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural) e outros estiveram reunidos no Auditório do STTR de São Raimundo das Mangabeiras para discutir as estratégias para o plano de trabalho do Projeto.

O encontro serviu também como um primeiro momento de inter-relacionamento entre as lideranças da COOPEVIDA e das Comunidades Indígenas e contou com a presença do Consultor do BID, Weber, do Diretor do CTI em Brasília, Omar, do Gestor da AGERP Regional Cerrado Sul (Escritório em Balsas-MA), Aldecy Pereira, do Coordenador Geral do Colegiado Territorial Cerrado Sul MA, Pedro Paulo Guimarães, da Coordenadora da Regional Sul da FETAEMA, Aldecy Leite, e do Gerente da Fábrica da Fruta Sã em Carolina/MA, Mayk Arruda, que celebraram a parceria de apoio estratégico ao Projeto. Além das entidades já citadas, o projeto conta ainda com a parceria da Associação Wyty-Cate dos povos Timbira do Maranhão e Tocantins.

O objetivo principal do projeto “Transferência de Conhecimentos do Desenvolvimento da Cadeia das Frutas Nativas do Cerrado” é fortalecer a cadeia produtiva das frutíferas nativas e exóticas na regional Sul do Maranhão e no Norte do Tocantins, através da transferência de conhecimentos e a implantação de tecnologias inovadoras que potencializem suas capacidades e gere melhoria da qualidade de vida das populações envolvidas com o projeto.

Para o cumprimento do Plano de Trabalho do projeto a equipe técnica do CTI realizará oficinas, reuniões locais, visitas técnicas, dias de campo, participação nos conselhos locais e territorial de desenvolvimento rural sustentável e os intercâmbios entre as organizações do projeto.

Centro de Trabalho Indigenista

O Centro de Trabalho Indigenista – CTI é uma associação sem fins lucrativos, fundada em março de 1979 por antropólogos e indigenistas. É constituído por profissionais com formação e experiência qualificadas e comprometidos com o futuro dos povos indígenas. Tem como marca de sua identidade a atuação direta em Terras Indígenas por meio de projetos elaborados a partir de demandas locais, visando contribuir para que os povos indígenas assumam o controle efetivo de seus territórios, esclarecendo-lhes sobre o papel do Estado na proteção e garantia de seus direitos constitucionais. O CTI atua em Terras Indígenas inseridas nos Biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica e possui duas grandes linhas de ação: Controle territorial e gestão ambiental: monitoramento e regularização fundiária, proteção territorial; apoio a atividades tradicionais, a alternativas econômicas e ao manejo sustentáveis; Ações de formação e referência cultural - formação de pesquisadores indígenas e a manutenção/fortalecimento das práticas socioculturais das sociedades indígenas, educação escolar, propostas culturais e ambientais e projetos políticos.