Foi realizada, entre os dias 27 e 29 de outubro, em São Raimundo das Mangabeiras , a IV Plenária da Rede Mandioca, projeto desenvolvido pela Cáritas do Maranhão em mais de 30 municípios, em todas as regiões do estado. Durante os três dias, foram apresentadas e avaliadas as ações do projeto durante o ano. Houve debates sobre os avanços e dificuldades do método trabalhado pela Rede Mandioca, dentre outros assuntos.
O público, vindo de várias cidades que fazem parte da rede, participou da inauguração de uma casa de farinha no Assentamento Bacuri, projeto apoiado pelos fundos solidários - parceria Cáritas e Banco do Nordeste; e fizeram um intercambio para conhecer as técnicas e princípios do sistema agroflorestal, desenvolvido na localidade Descanso.
Para animar e descontrair os dois primeiros dias de trabalho, aconteceu na sexta feira (28), o II Festival Estadual da Rede Mandioca e Noite Cultural das Comunidades, com apresentações de peças teatrais encenadas pelo grupo Faces Mangaba, de São Raimundo das Mangabeiras; a comercialização de produtos da agricultura familiar e o depoimento de Manoel da Conceição, líder camponês, membro/fundador do PT (Partido dos Trabalhadores) Nacional e presidente do CENTRU (Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural) de Imperatriz (MA), que fez um relato da sua história de luta e resistência pela reforma agrária e pela economia solidária.
Também foram apresentados e debatidos na plenária, os impactos do avanço do agronegócio na região do cerrado maranhense, com apresentação do documentário “A soja na terra das chapadas”, com assessoria de Antonio Crioulo da CPT (comissão Pastoral da Terra); A dimensão das políticas públicas na construção de alternativas produtivas sustentáveis contou com a assessoria de Ricarte Almeida, Assessor Regional do programa de políticas públicas e coordenador estadual da Cáritas do Maranhão. A plenária contou também com a assessoria da Rede de Educação Cidadã (RECID), representada pela educadora popular Teresinha Martins Moura. Gilvan Alves, da coordenação estadual da rede Mandioca, debateu com os participantes o aprofundamento da concepção e os objetivos da rede.
“O agronegócio, ele só destrói. Ele destrói a terra, ele destrói as plantas, ele destrói a água, ele destrói os seres humanos. Nós precisamos construir uma alternativa a partir dos movimentos sociais. Nós precisamos está bem articulados, sairmos de um encontro como esse aqui com encaminhamentos precisos, para que o agronegócio seja enfrentado por nós de uma forma sábia e de uma forma muito bem organizada e fortemente articulada. Nós precisamos construir as nossas alternativas, não combater o agronegócio só por combater, mas combater apresentando alternativas que é possível se viver sem a ação do agronegócio. A rede Mandioca é um dos passos, porque a rede mandioca é uma forma de produzir sem está com a influencia do agronegócio. Então nos precisamos investir cada vez mais na agricultura familiar de uma forma sustentável, para que as famílias e a natureza possam viver tranquilamente”, destaca Antonio Crioulo.
84% da farinha de mandioca produzida no Brasil é proveniente da agricultura familiar. Na agricultura empresarial, em média, emprega-se 1 trabalhador para cada 100 hectares cultivados, enquanto que na agricultura familiar a relação é de 10 trabalhadores para cada 100 hectares cultivados. A agricultura familiar é responsável por mais de 70% da alimentação dos brasileiros.
“A mandioca tem tantos produtos, mas historicamente ela foi marginalizada. O próprio estado, os bancos... Todo mundo achava que a cultura da mandioca era uma coisa inviável. No entanto, todo mundo sobrevive produzindo farinha, comendo farinha... E no maranhão, não se tinha assistência técnica, não se tinha crédito. O trabalho da Cáritas foi começar a despertar na cabeça dos agricultores de mandioca, que estão presentes em todas as regiões do estado, que eles tem uma riqueza nas mãos, uma riqueza que pode gerar sobrevivência, pode melhorar o padrão alimentar, pode desencadear, inclusive, outros setores da agricultura familiar. O nosso desafio é mostrar para o governo que ele pode garantir políticas publicas de apoio a cultura da mandioca, a agricultura familiar, que essas agriculturas da pequena roça, da roça do toco, do pequeno trabalhador é algo viável e afirma direitos e afirma identidades”destacou Ricarte Almeida.
“Esse evento foi um dos mais importantes que já houve nesse estado de alguns anos pra cá. Por que nos estamos analisando as forças reacionárias [do capital], como é que estão pensando, como é que estão fazendo conosco [ trabalhadores do campo e da cidade].E nós também, agora, chegamos a uma conclusão que nos precisamos está juntos, unidos contra eles, então pra mim isso é fundamental, essa luta nossa, de todos nós, contra essas forças reacionárias”, disse Manoel da Conceição. Para ele, é importante que os trabalhadores passem a assumir cada vez mais o poder político e que todos os movimentos sociais devem está juntos nessa busca.
Assistência Técnica
Os técnicos da rede Mandioca, “Zé Filho”, Rose Rodrigues e José Sousa, apresentaram as ações desenvolvidas em cada região onde atuam. Eles são unânimes em dizer que o trabalho da rede é sobrecarregado devido a falta de apoio, aos trabalhadores, pelos poderes públicos e que os técnicos tem que atender muitas localidades, muitas delas distantes umas das outras.
Para Rose Rodrigues, técnica agropecuária na região do Baixo Parnaíba e Cocais, um dos maiores desafios em trabalhar na rede Mandioca é manter a assistência técnica constante.
“Somos três [técnicos da Rede Mandioca] a nível de Maranhão... Infelizmente a gente não consegue está presente muito tempo só numa comunidade, então a gente tem que está fazendo esse rodízio”.
Para José Sousa, técnico agropecuário que presta assistência na região da Baixada e do Vale do Pindaré, o poder publico não incentiva o desenvolvimento da agricultura.
“O poder público se ausenta de todas as formas para não discutir, para que a agricultura não desenvolva”.
José Filho, técnico em gestão agroflorestal , presidente da Cáritas na diocese de Balsas e que atua nas regiões Sul, Central e Mearim, fala que a questão da distancia entre os municípios e a quantidade de comunidades atendidas pelos técnicos são alguns dos maiores desafios para a rede Mandioca.
“Nós temos grandes dificuldades na questão desse trabalho, nós trabalhamos com os mesmos temas, os mesmos princípios, só que as vezes a gente não consegue alcançar de tal forma como deve ser, devido a quantidade de municípios e comunidade que agente acompanha. Os três [ técnicos] não atende essa demanda por igual, por causa das distancias dos municípios, das comunidade também”. José filho cita também a falta de apoio dos poderes públicos, estadual e municipais, para com a agricultura, principalmente a assistência técnica, o que aumenta a demanda das instituições sociais.
“A assistência técnica que você encontra nessas comunidades é alguma instituição que está garantindo, mas não é o governo municipal e também nem governo estadual. As instituições sociais como é a Cáritas e outras que trabalham com essa questão, estão dando esse apoio a esses agricultores”, disse.
Jorge da Silva, um dos beneficiários da rede Mandioca, na comunidade Nova Unha de Gato no município de Lago da Pedra, conta como a Cáritas se relaciona com o dia-a-dia da comunidade, não apenas com rede Mandioca, mais também com outras ações, como a ajuda para a reconstrução de casas da comunidade, destruídas por uma enchente.
“Nós conseguimos mudar, através da Cáritas. Nós fizemos 109 casas através de grupo e ai eu acho que seja um desenvolvimento da parte da Cáritas. Nós temos um pequeno negócio de galinha, caipirão,nós temos um projeto de roça para mandioca. Nós temos 12 ‘tarefas’ de mandioca e nós estamos preparando outras para tornar plantar esse ano, tudo nessa iniciativa da Rede Mandioca” conta. A comunidade desenvolve também um trabalho para preservar as sementes “crioulas”, aquelas que são nativas da região.
A Rede Mandioca
A Rede Mandioca surgiu em 2004, inspirada em outras experiências bem sucedidas de articulação em rede, pautadas nos princípios da economia popular solidária. Sua área de atuação é o estado do Maranhão, embora vez por outra, dialogue com experiências em outros estados. A Cáritas Brasileira Regional Maranhão assume a assessoria técnica à articulação.Foi na entidade, aliás, durante um encontro de planejamento, que surgiu a ideia de articular em rede, produtores, não só de mandioca: a Rede Mandioca congrega também artesãos, criadores de pequenos animais, extrativistas e agricultores, entre outros.
A Cáritas
A Cáritas Brasileira é uma entidade de promoção e atuação social que trabalha na defesa dos direitos humanos, da segurança alimentar e do desenvolvimento sustentável solidário. Sua atuação é junto aos excluídos e excluídas em defesa da vida e na participação da construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural.
Fundada no Brasil em 12 de novembro de 1956, a Cáritas Brasileira faz parte da Rede Cáritas Internationalis, presente em 165 países e territórios. Reconhecida como entidade de utilidade pública federal, ela também é um organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Atualmente a Cáritas Brasileira conta com 176 entidades-membro espalhadas por todo país e atua em 12 regionais: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Norte II (Amapá e Pará), Maranhão, Piauí, Ceará, Nordeste II (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte) e Nordeste III (Bahia e Sergipe).
domingo, 30 de outubro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Justiça autoriza funcionamento de clube interditado pelo Corpo de Bombeiros em São Raimundo das Mangabeiras
A justiça autorizou a reabertura do Clube Recreativo Mangabeirense, em São Raimundo das Mangabeiras, que havia sido interditado na sexta feira,14, pelo Corpo de Bombeiros. Para sócios e administradores do clube, o Corpo de Bombeiros deveria ter dado um prazo para que as irregularidades encontradas fossem sanadas. No sábado,15, o clube já estava autorizado a funcionar normalmente.
O corpo de bombeiros encontrou problemas na parte elétrica, no piso e num dos muros, que segundo o sargento Francisco, do Corpo de Bombeiros, encontra-se “solto, desamarrado”.
O Corpo de Bombeiros, que tem sede em Balsas, cidade que fica acerca de 80km de São Raimundo das Mangabeiras, foi acionado pela secretaria de Infraestrutura do município para fazer vistoria no prédio da boate "Visual Dance", que funcionava na praça do mercado, que está sendo reconstruída. Como a boate está funcionando no clube, os bombeiros tambem fizeram vistoria no local.
Há um impasse quanto à permanência da boate na praça, os vereadores Felix Resplandes (PC do B) e Emir Alencar (PSD) defendem que ela seja demolida, alegando que a mesma, alem de está em uma praça pública não tem condições de funcionamento, por não apresentar segurança aos frequentadores.
O CREA também deve fazer uma vistoria na estrutura da boate nos próximos dias.
A prefeitura do município deve esperar os laudos dos órgãos competentes, Corpo de Bombeiros e CREA para decidir se o prédio onde funcionava a boate será demolido ou não.
O corpo de bombeiros encontrou problemas na parte elétrica, no piso e num dos muros, que segundo o sargento Francisco, do Corpo de Bombeiros, encontra-se “solto, desamarrado”.
O Corpo de Bombeiros, que tem sede em Balsas, cidade que fica acerca de 80km de São Raimundo das Mangabeiras, foi acionado pela secretaria de Infraestrutura do município para fazer vistoria no prédio da boate "Visual Dance", que funcionava na praça do mercado, que está sendo reconstruída. Como a boate está funcionando no clube, os bombeiros tambem fizeram vistoria no local.
Há um impasse quanto à permanência da boate na praça, os vereadores Felix Resplandes (PC do B) e Emir Alencar (PSD) defendem que ela seja demolida, alegando que a mesma, alem de está em uma praça pública não tem condições de funcionamento, por não apresentar segurança aos frequentadores.
O CREA também deve fazer uma vistoria na estrutura da boate nos próximos dias.
A prefeitura do município deve esperar os laudos dos órgãos competentes, Corpo de Bombeiros e CREA para decidir se o prédio onde funcionava a boate será demolido ou não.
sábado, 15 de outubro de 2011
Realizada exumação de homem que teria se suicidado com um corte no pulso e 13 facadas

O medico legista, Alair Firmino, que conduziu os trabalhos, disse que o ideal teria sido levar o corpo para o IML, assim que o fato ocorreu. Ele disse que a necropsia vai servir para “tentar” saber a causa da morte e como ela ocorreu.
“O ideal teria sido ter observado essas lesões no dia do acontecido, o normal é mandar os corpos de morte violenta para o IML, mas como não foi mandado a gente está aqui para fazer a exumação e ver se a gente consegue, ainda, obter informações a respeito das lesões, que serão importantes pra gente determinar a causa medica e a causa jurídica da morte”.
Para o pai de Adriano, Natal Chequim, que acompanhou todo o processo de exumação, o filho foi assassinado.
“Nós queremos saber a verdade do que aconteceu... é triste perder um filho sem saber porque... ele não ia se matar, se matar pra que? A [situação] financeira dele tava boa, não tava ruim, ele nunca teve doença nenhuma... Deram fim nele... Pra mim tiraram a vida dele, certeza, pra mim é certeza, 99%,9 [sic] que tiraram a vida dele”. O senhor Natal acusa a esposa de Adriano, Djane, pelo suposto assassinato. Para ele, ela “deu fim” em Adriano.
Durante a necropsia foram identificadas aproximadamente 13 perfurações, sendo uma no pé esquerdo, e um corte no pulso esquerdo da vítima. Havia a suspeita de uma perfuração nas costas, mas ela não foi confirmada. Tal suspeita foi obtida em depoimentos dados à policia por uma funcionária do hospital em que o corpo deu entrada.
A pericia levou para Imperatriz, amostras de órgãos da vitima, objetos encontrados no local do crime e documentos das investigações conduzidas pelo delegado Jean Charles.
Familiares e representantes da vítima e de sua esposa, acompanharam a exumação.
O Caso
Segundo as primeiras informações do caso, em depoimento à policia, a esposa da vítima, Djane Costa Ferreira, disse que Adriano cometeu suicídio. Ela contou à policia que viu Adriano tentando cortar os pulsos, por volta das 04h40min da manhã do dia 02 de setembro e, ao tentar conversar com ele, este lhe ordenou que saísse do quarto e assim o fez, e foi para a sala onde ficou assistindo TV. Passado cerca de uma hora olhou por baixo da porta do quarto e percebeu que havia sangue, foi quando ligou para sua irmã Luciana, por volta das 05h30min, que por sua vez avisou a Policia.
Adriano foi encontrado no quarto do casal entre 2 facas, sem roupa e com ferimentos no pulso, pescoço, tórax e pé esquerdo. Segundo a PM não havia sinais visíveis de luta corporal.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Corpo de Bombeiros constata irregularidades em boate e interdita clube em São Raimundo das Mangabeiras
O Corpo de Bombeiros do Maranhão, 4º Grupamento de Bombeiros Militar de Balsas, após receber solicitação da secretaria de infraestrutura do município de São Raimundo das Mangabeiras, realizou, na tarde desta sexta feira,14, vistoria na boate “Visual Dance” (que está fechada para reforma da praça do mercado) e no “Clube Recreativo Mangabeirense”, local onde a boate está funcionando. Os bombeiros constataram que ambos os prédios não tem condições de receberem eventos.
O Sargento Francisco, do Corpo de Bombeiros, disse que a boate já havia sido vistoriada em 2009 e que as deficiências encontradas na época não foram corrigidas. A boate tem problemas na saída de emergência, o corrimão da escada - a boate funciona um andar acima do solo - não é o ideal, os degraus são desiguais e a instalação elétrica não é adequada.
“O prédio foi vistoriado no dia 22 de setembro de 2009 e foi dado um laudo de exigência ao responsável, informando a situação em que se encontrava o prédio... Nada que foi solicitado no laudo de exigência foi cumprido e o corpo de bombeiros veio para interditar o estabelecimento, sendo que o estabelecimento não está em funcionamento, o responsável foi orientado para que cumpra as exigências do referido laudo, se ele não cumprir viremos interditar”, disse o Sargento Francisco.
No Clube Recreativo do município, o corpo de bombeiros encontrou problemas na parte elétrica, no piso e num dos muros, que segundo o sargento, encontra-se “solto, desamarrado”. O clube foi interditado no final do dia. No momento da interdição, houve protesto por parte de familiares dos proprietários da boate e por parte de sócios do clube, que tem como uma de suas principais festas o Reveillon.
A reportagem não teve acesso aos detalhes dos laudos.
Polêmica
A polêmica sobre a boate “Visual Dance” teve inicio com a obra de reforma da principal praça da cidade, a praça do mercado. Os vereadores, Felix Resplandes (PC do B) e Emir Alencar (PSD) vêm denunciando há algumas semanas que a boate, alem de estar em uma praça publica não tem condições de funcionamento por não apresentar segurança aos frequentadores.
Na sessão ordinária do dia 03 de outubro, os vereadores defenderam que a boate passasse por vistorias de órgãos de segurança, como o Corpo de Bombeiros e CREA. Os dois vereadores defendem que o prédio seja demolido.
Na segunda feira, dia 10, o promotor de justiça da comarca de São Raimundo das Mangabeiras, Antonio Lisboa, esteve na câmara e minimizou a polêmica, dizendo que o prédio estava de acordo com as normas. Ele disse que houve uma vistoria em 2005 e que as exigências feitas pelo Corpo de Bombeiros e CREA foram atendidas. O promotor não apresentou dados precisos, pois disse que não localizou o processo do caso, que está arquivado. O promotor apresentou também, cópia de uma concessão de uso concedida pela prefeitura, datada de 2007.
“Se há, hoje, outras necessidades, que seja feita outra inspeção, não custa nada. Passou o tempo, a estrutura, não sei se foi danificada durante esse período, período de 2005 pra cá, durante 6 anos se houve algum dano na estrutura. Mas se há alguma duvida tem que ser verificado” disse o promotor, durante a sessão.
Para o promotor, a questão da demolição do prédio é com a prefeitura, mas que os proprietários devem ser indenizados.
“A administração municipal pode rever isso ai [a concessão] e se entender por bem, pode, eventualmente tirar o prédio, mas que tem que ser indenizado, por que houve um investimento ali”.
Ainda durante a sessão, os vereadores disseram que a câmara não autorizou nenhuma concessão de uso do prédio e que o documento apresentado pelo promotor é inconstitucional.
O que diz a Prefeitura
A prefeitura do município vai esperar os laudos dos órgãos competentes, Corpo de Bombeiros e CREA – que deve fazer inspeção nos próximos dias – para decidir se o prédio onde funcionava a boate será demolido ou não.
O Sargento Francisco, do Corpo de Bombeiros, disse que a boate já havia sido vistoriada em 2009 e que as deficiências encontradas na época não foram corrigidas. A boate tem problemas na saída de emergência, o corrimão da escada - a boate funciona um andar acima do solo - não é o ideal, os degraus são desiguais e a instalação elétrica não é adequada.
“O prédio foi vistoriado no dia 22 de setembro de 2009 e foi dado um laudo de exigência ao responsável, informando a situação em que se encontrava o prédio... Nada que foi solicitado no laudo de exigência foi cumprido e o corpo de bombeiros veio para interditar o estabelecimento, sendo que o estabelecimento não está em funcionamento, o responsável foi orientado para que cumpra as exigências do referido laudo, se ele não cumprir viremos interditar”, disse o Sargento Francisco.
No Clube Recreativo do município, o corpo de bombeiros encontrou problemas na parte elétrica, no piso e num dos muros, que segundo o sargento, encontra-se “solto, desamarrado”. O clube foi interditado no final do dia. No momento da interdição, houve protesto por parte de familiares dos proprietários da boate e por parte de sócios do clube, que tem como uma de suas principais festas o Reveillon.
A reportagem não teve acesso aos detalhes dos laudos.
Polêmica
A polêmica sobre a boate “Visual Dance” teve inicio com a obra de reforma da principal praça da cidade, a praça do mercado. Os vereadores, Felix Resplandes (PC do B) e Emir Alencar (PSD) vêm denunciando há algumas semanas que a boate, alem de estar em uma praça publica não tem condições de funcionamento por não apresentar segurança aos frequentadores.
Na sessão ordinária do dia 03 de outubro, os vereadores defenderam que a boate passasse por vistorias de órgãos de segurança, como o Corpo de Bombeiros e CREA. Os dois vereadores defendem que o prédio seja demolido.
Na segunda feira, dia 10, o promotor de justiça da comarca de São Raimundo das Mangabeiras, Antonio Lisboa, esteve na câmara e minimizou a polêmica, dizendo que o prédio estava de acordo com as normas. Ele disse que houve uma vistoria em 2005 e que as exigências feitas pelo Corpo de Bombeiros e CREA foram atendidas. O promotor não apresentou dados precisos, pois disse que não localizou o processo do caso, que está arquivado. O promotor apresentou também, cópia de uma concessão de uso concedida pela prefeitura, datada de 2007.
“Se há, hoje, outras necessidades, que seja feita outra inspeção, não custa nada. Passou o tempo, a estrutura, não sei se foi danificada durante esse período, período de 2005 pra cá, durante 6 anos se houve algum dano na estrutura. Mas se há alguma duvida tem que ser verificado” disse o promotor, durante a sessão.
Para o promotor, a questão da demolição do prédio é com a prefeitura, mas que os proprietários devem ser indenizados.
“A administração municipal pode rever isso ai [a concessão] e se entender por bem, pode, eventualmente tirar o prédio, mas que tem que ser indenizado, por que houve um investimento ali”.
Ainda durante a sessão, os vereadores disseram que a câmara não autorizou nenhuma concessão de uso do prédio e que o documento apresentado pelo promotor é inconstitucional.
O que diz a Prefeitura
A prefeitura do município vai esperar os laudos dos órgãos competentes, Corpo de Bombeiros e CREA – que deve fazer inspeção nos próximos dias – para decidir se o prédio onde funcionava a boate será demolido ou não.
![]() |
Boate funcionava em praça pública. Polêmica teve inicio com a reforma da praça. |
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Festa popular marca o dia das crianças em São Raimundo das Mangabeiras
O dia das crianças, 12 de outubro, foi comemorado com uma grande festa destinada às crianças de São Raimundo das Mangabeiras. Não só as crianças, mas toda a família marcou presença e a praça da matriz ficou completamente lotada. As crianças puderam se divertir em brinquedos infláveis, assistiram a apresentações culturais e foram agraciadas com guloseimas e brinquedos.
O evento teve como tema “Futurolandia” e lema “Você na cidade que sempre sonhou”. A organização foi da prefeitura de São Raimundo das Mangabeiras. A festa teve inicio por volta das 5 da tarde e se estendeu pela noite.
O evento teve como tema “Futurolandia” e lema “Você na cidade que sempre sonhou”. A organização foi da prefeitura de São Raimundo das Mangabeiras. A festa teve inicio por volta das 5 da tarde e se estendeu pela noite.
sábado, 8 de outubro de 2011
Homem é morto com duas facadas em São Raimundo das Mangabeiras
José Soares Cruz, conhecido como Zé Filho, de 47 anos, foi morto na madrugada de sábado,08, no bairro São José em São Raimundo das Mangabeiras, vítima de 2 facadas, uma nas costas e outra no pescoço. O suspeito do crime, identificado por Miguel, está foragido. Outro homem envolvido no caso, Darciano Resplandes da Silva foi preso na manhã de sábado suspeito de ter dado fuga a Miguel, na moto da vítima. A policia militar realiza diligencias para tentar capturar o suspeito.
O crime ocorreu por volta de 1:40 da manhã, próximo a um bar, onde estava ocorrendo uma “seresta”. Zé Filho é pai de 5 filhos, sendo que um deles faleceu a 1 ano e 10 meses vitima de acidente de motocicleta. Ele fazia pequenos fretes em uma carroça e tinha um bar na frente de casa, na Rua Sargento Cardoso, bairro Vila Cardoso.
Segundo relato da família, Zé Filho havia se encontrado com Miguel ha aproximadamente 2 anos em um povoado próximo a Mangabeiras. Na ocasião, a moto de Zé filho havia desaparecido e Miguel foi apontado como suspeito. Passados dois anos, eles se reencontraram há alguns dias. Miguel negou que houvesse pegado a moto e Zé Filho havia dito que não iria “atrás da história”, pois já havia se passado muito tempo. Na noite de sexta feira, os dois teriam voltado a se desentender na “seresta” e isso teria causado o trágico fim da história de Zé Filho.
O crime ocorreu por volta de 1:40 da manhã, próximo a um bar, onde estava ocorrendo uma “seresta”. Zé Filho é pai de 5 filhos, sendo que um deles faleceu a 1 ano e 10 meses vitima de acidente de motocicleta. Ele fazia pequenos fretes em uma carroça e tinha um bar na frente de casa, na Rua Sargento Cardoso, bairro Vila Cardoso.
Segundo relato da família, Zé Filho havia se encontrado com Miguel ha aproximadamente 2 anos em um povoado próximo a Mangabeiras. Na ocasião, a moto de Zé filho havia desaparecido e Miguel foi apontado como suspeito. Passados dois anos, eles se reencontraram há alguns dias. Miguel negou que houvesse pegado a moto e Zé Filho havia dito que não iria “atrás da história”, pois já havia se passado muito tempo. Na noite de sexta feira, os dois teriam voltado a se desentender na “seresta” e isso teria causado o trágico fim da história de Zé Filho.
![]() |
As marcas do crime, visíveis na manhã de sábado. |
![]() |
A moto da vítima pode ter sido utilizada para a fuga do assassino. |
Assinar:
Postagens (Atom)