quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Opinião: Considerações sobre o papel dos vereadores e o entendimento que o eleitor tem deste cargo



Por João Batista Passos

O currículo de quem pretende ocupar um cargo de vereador deveria ser alicerçado na capacidade técnica. Mas, nesta pré-campanha, observo mais uma vez a ascensão de pré-candidaturas alicerçadas no assistencialismo, no apadrinhamento, nas relações de amizade, nos laços familiares. Não vejo pré-candidaturas alicerçadas na capacidade técnica, na isenção que o cargo exige, algo que, se existisse, poderia fazer com que os recursos públicos fossem melhor aplicados. Pelo visto, após o resultado das eleições, em outubro, o eleitorado não poderá cobrar a solução de problemas, pois não escolherá os mais preparados tecnicamente...

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Mas, não se assuste, teremos ótimos vereadores, pessoas que honram com a palavra, pessoas amigas. Mas, não teremos vereadores dando expediente diariamente, divulgando os valores que o município recebe mensalmente, acompanhando os processos licitatórios, acompanhando os contratos celebrados, vistoriando o andamento do serviço público... O povo escolherá os seus representantes no legislativo e, ironicamente, continuará gritando que não é representado, que vereador não serve para nada... Muitos continuarão acreditando que o mais importante é conseguir um patrocínio, ajuda para construir uma casa, para consertar uma motocicleta ou um carro, ajuda para pagar a conta de energia, a conta de água, ajuda para conseguir um emprego e etc...

Como sempre digo, os vereadores não têm culpa de não cumprirem com o seu papel, a maioria, inclusive, até acredita que está cumprindo bem o seu papel. O verdadeiro culpado pela má representação é o eleitor, que, infelizmente, não sabe votar e não sabe para que serve este tão importante cargo.