terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Empresa anuncia que vai explorar petróleo e gás em São Raimundo das Mangabeiras

Fonte: O Estado do Maranhão/ABEGAS

A Geopark Brasil anunciou que pretende investir R$ 9,75 milhões nos próximos quatro anos em bloco exploratório de petróleo e gás situado em área total de 763,54 km² cortando os municípios maranhenses de Fortaleza dos Nogueiras, São Raimundo das Mangabeiras e Balsas. O bloco PN-T-597, localizado na Bacia do Parnaíba, foi arrematado pela empresa com bônus de assinatura no valor de R$ 920.597,00, na 12ª Rodada de Licitações, realizada em novembro do ano passado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O investimento corresponde às atividades do Programa Exploratório Mínimo de 1.773 unidades de trabalho apresentado pela Geopark e será destinado nessa primeira fase à realização de 180 km de levantamento sísmico 2D com a finalidade de melhor delinear os potenciais prospectos petrolíferos. Esses dados irão permitir que se reduzam incertezas em relação ao volume potencial do bloco.

Nesse primeiro período do Programa Exploratório Mínimo não há obrigatoriedade da Geopark Brasil em perfurar poço, o que está previsto somente na segunda fase, nos dois anos seguintes. “Não temos compromisso de perfuração nesse primeiro período. Mas pode ser que no fim desses quatro anos, dependendo do resultado do trabalho de sísmica, possamos antecipar a perfuração”, informou o diretor da Geopark do Brasil, Dimas Coelho.


Ele disse que a expectativa da empresa é muito boa em relação ao bloco, pois os estudos mostram que nessa área há possibilidades de definir prospectos com volumes que podem ser atrativos do ponto de vista econômico. “Há possibilidade de se encontrar óleo, mas com menor probabilidade em relação a gás”, comparou.

Dimas Coelho esclareceu que as atividades exploratórias da Geopark Brasil no bloco arrematado na Bacia do Parnaíba serão centradas na busca por reservas convencionais de gás, diferentemente do processo realizado com faturamento hidráulico da rocha geradora (reserva não convencional).

“Nos próximos seis anos não se antevê nenhuma atividade de perfuração extensiva como requerida para o desenvolvimento e produção de jazidas não convencionais. A fase exploratória será executada da mesma forma como a feita para reservatórios convencionais, com práticas de proteção ao meio ambiente já reguladas pela ANP e órgãos ambientais federal, estadual e municipal”, informou Dimas Coelho.

Atrativos – A possibilidade de se alcançar sucesso semelhante ao da OGX na descoberta e produção de gás na Bacia do Parnaíba e o plano estratégico da Geopark em diversificar seu portfólio de negócios foram determinantes para a empresa decidir por investir na região.

O interesse da Geopark pela Bacia do Parnaíba, especialmente pelo seu potencial para a produção de gás natural, foi despertado na 11ª Rodada de Licitação da ANP, realizada em maio do ano passado, quando a empresa apresentou oferta por um bloco, mas foi vencida pela Petra Energia. Mas, nesse leilão, conseguiu adquirir cinco blocos na Bacia Potiguar e dois na Bacia do Recôncavo, ambos em terra.

Diretor diz que empresa quer crescer mais no país

O diretor da Geopark Brasil, Dimas Coelho, informou que a estratégia planejada da empresa é crescer ainda mais no Brasil nos próximos 10 anos, está atuando em duas frentes: na compra de ativos de produção e na descoberta e desenvolvimento de produção. “Somos uma empresa de médio porte que quer participar do crescimento do Brasil”, afirmou.

A Geopark Brasil é uma empresa do grupo Geopark Ltda., com sede nas Bermudas, mas com atuação na América Latina, com foco na América do Sul, onde também tem operações na Colômbia, na Argentina e no Chile.

Atualmente, a empresa possui nove blocos exploratórios no Brasil, sendo cinco na Bacia Potiguar, dois no Recôncavo, um na Sergipe-Alagoas e um no Parnaíba, sendo esse último localizado em área de municípios maranhenses.

Recentemente a Geopark Brasil adquiriu a participação de 10% que eram detidos pela empresa Rio das Contas Produtora de Petróleo no bloco de gás seco de Manati, em mar (offshore), a 70 km ao sul da costa de Salvador (BA). O bloco é operado pela Petrobras (35% de participação) em parceria ainda com a Brasoil e Queiroz Galvão. A aquisição desses 10% ainda está pendente de autorização por parte da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Dimas Coelho disse que a empresa produz hoje em torno de 16 mil barris/dia de óleo equivalente, especialmente no Chile e na Colômbia. Detém ainda reservas na faixa de 54 milhões de barris de óleo equivalente.

Número

R$ 920.597,00 Foi o bônus de assinatura pago pela Geopark do Brasil pelo arremate do bloco PN-T-597, na 12ª Rodada da ANP